domingo, 14 de dezembro de 2008

E ele chegou...

Ele chegou... e foi do jeitinho que eu imaginei... eu saindo louca derrubando todo mundo no aeroporto e abraçando o abraço mais apertado do mundo... e beijando...beijo de saudades, ânsia, medo, alegria... e sentindo as mãos... as mesmas mãos nas minhas...ouvindo a voz... vendo os cachinhos do cabelo... a roupa, o corpo... imagem tão familiar pela web cam... e tão ausente munida de cor real, cheiro e calor....

Perdi a voz... não conseguia socializar...não conseguia abrir minha boca...

E tinha medo... medo de que já não me achasse bonita, que não me achasse agradável, que minha voz soasse irritante... medo de abraça-lo e não sentir que nossos corpos estavam estremecendo... medo de que ele tivesse criado, a distância, uma imagem minha que nunca foi minha... mas... estremecemos... e era como se nunca tivessemos ficado longe...

E eu o amo... e é tão bom...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

E faltam 8 dias

Quarta feira que vem, dia 10 de dezembro ele chega...


Vai desembarcar por volta das 15hs... vou poder vê-lo de verdade, tocá-lo, cheirá-lo, sentir os cabelos, ouvir a voz... e vamos rir, vamos nos dar as mãos e eu, claro, devo chorar...

Depois de quase 10 meses de distância, não consigo fazer um resumo de tudo... estou ainda, atordoada...meio em off...acho que nos maltratamos e corremos riscos... o triste é que não consigo pensar em um plano B...talvez se ele tivesse vindo antes para o Brasil... talvez se eu tivesse metido as caras e saído desse emprego medíocre que me consome as forças... talvez se...se... bom...não sei... fato é que arriscamos demais... algumas marcas ainda ficaram.... Mas eu não gosto disso... e espero que a gente consiga resolver tudo a tempo...

Faltando 8 dias eu tenho muito amor e carinho acumulado, muitos sorrisos, muito tesão e algumas perguntas... quero dividir novamente e pessoalmente nossos planos e quero ouvi-lo dizer que teremos uma tartaruga de estimação... quero olha-lo nos olhos pra ter certeza... queria que esse dia fosse hoje...

Mas ta chegando...e olhando pra trás, não sei como cheguei aqui... Saudades não mata, mas maltrata...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A dor que dói mais...by Martha Medeiros

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é saudade.Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
*Descobri Martha Medeiros via Patrícia Torquette.
** Esse é mesmo um momento de muitas saudades... saudade que dói e martela dia e noite... mas essa saudade vai passar... a distância vai diminuir... e eu vou aproveitar...ahhh mas eu vou aproveitar muito de você Tiago...

domingo, 9 de novembro de 2008

Ela...


Um dia ela apareceu aqui em casa... pequenininha...uma bolinha de pêlos. Chegou acompanhada do seu irmãozinho e de sua mãe Catarina. Catarina vivia de passagem por aqui. Ela vinha, eu dava ração, água e carinho. Meu sonho era que ela ficasse aqui de vez... mas ela sempre ia embora... talvez por medo do Joãozinho que não brigava com ela mas que tinha uma cara de malvado que assustava todo mundo, até as visitas.

Catarina emagreceu... não queria mais comer... um dia ela foi embora e os dois filhinhos ficaram aqui... e assim ela vinha todo dia no final da tarde. Dava mamá, ia embora e os filhinhos ficavam...até que um dia ela não veio mais... entendemos que ela havia deixado os filhos conosco pois entedia que iríamos adota-los. E assim eles foram batizados e inseridos em nossa vida: Juninho e Pretinha.

Juninho era peralta e espaçoso...pegamos ele várias vezes pendurado em gaiolas... ele não atacava os pássaros...parece que só queria vê-los mais de perto. Já Pretinha era arisca, não confiava em ninguém e vivia pronta pra sair correndo. Aos poucos fui me apaixonando por Pretinha...fui aprendendo todos os sinais que ela passava...com muito carinho fui provando a ela que não éramos tão malvados assim... nos apegamos...decidi que Pretinha não era um nome muito pomposo...Pretinha virou Petrusca ou Pet para os íntimos...

Perdemos Juninho...Perdemos Joãozinho...

Pet ficou só... se apegou a nós todos...e sem nem notarmos...um belo dia ela fazia parte do mundo de “dentro de casa”...mundo onde nunca nenhum outro havia chegado... até meu padrasto sempre tão desconfiado, aceitou de bom grado aquela criaturinha andando por todos os cômodos da casa...

Outro veio...Juan Pablo...tornou-se melhor amigo de Pet...era normal vê-los brincando pelo chão...um mordendo a barriga preta e branca do outro...quando Pet via que estava em desvantagem (Juan era 2 vezes maior que ela) dava um gritinho histérico...a gente corria e brigava com Juan...ela saía com aquela cara de “Ihhh se deu mal! Ta vendo? Elas me amam!”....

Perdemos Juan Pablo...

Veio Raymundim... moleque arisco...reencarnação do Juninho...nas atitudes e até nas cores...Pet o adotou como um filho... e ralha* com ele quando ele ultrapassa o horário de chegar em casa. *Por ralhar entenda uma mordida na ponta do rabinho. E Raymundim respeita...nunca revidou...

E assim estamos hoje...


Cada dia você me ganha mais... com seu olhar que parece saber tudo que eu to sentindo... com seu jeitinho meigo...seu caminhadinho lento e pesado pela casa ou na sua corridinha veloz atrás do papainoelzinho de estimação... nós duas rolando pelo chão atrás de uma bola...você fingindo que vai me morder quando pego em sua barriga...você do meu lado enquanto estudo...você me acordando todo dia as 6 da manhã com um miadinho doce e um beijinho no rosto e seu narizinho gelado de gorjeta... você com sua cara indefectível de espanto ao lado do pratinho de ração quando ele está vazio...todos os sons que já sei decifrar: “Nata, abre a porta” “Nata, me dá um pouco de leite?” “Nata, troca a água do meu potinho?” Hum?" .Tanta história pra contar...tantas idas ao veterinário...o Dr. Gato e sua cirurgia, a veterinária grávida de 9 meses que quase me mata do coração com medo que ela te deixasse fugir, você por 2 semanas no hotelzinho e não reconhecendo sua casa (e nem a gente!) quando voltou, você atravessando a passarela sob a BR na caixinha de transporte com seu avô (meu padrasto) fingindo que ia te deixar cair só pra me deixar louca, você com medo de insetos (blargh!), você não dando bola para estranhos, você correndo pra debaixo da cama com medo dos fogos de artifício...a gente brincando de esconde-esconde...tanta coisinha nossa...tanta...

Te amo minha princesinha...te amo por tudo que fizestes...por ter nos tornando pessoas mais doces...por nos amar desse seu jeitinho lindo... obrigada por tudo minha gatinha...

sábado, 1 de novembro de 2008



Acho que a partir do dia 10 de dezembro de 2008 eu vou girar...girar...e girar...

Tirinha by http://xkcd.com/ onde eu quase nunca entendo e minha alma gêmula tem que traduzir para mim... =D

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Peruagens

E aí que eu tenho problemas com maquiagem... sou viciada...adoro ver, abrir, cheirar, fazer testes no rosto e o mais doloroso: adoro comprar make...! Sempre me contentei com makes simplesinhos...coisas da Avon...mas a partir do momento que minha alma gêmula me presenteou com um estojinho mega, ultra fashion da Lâncome diretamente da França, eu me transformei!

Passo horas fuçando blogs e sites de make, sonho com pincéis e make MAC... sonho em entrar numa Galerie Laffayette e torrar reais (que nem existem) em make de todo tipo e cor...

E olhem só...estou escrevendo isso por um único motivo...estou toda feliz pois acabei de entrar em um site de uma loja americana e comprar 4 jogos de sombra, 1 blush, 1 rímel e um gloss...a dica do blog é super bacana...as coisas são baratinhas e estou louca, doidinha que chegue logo! Tomara que os Correios não me sabotem de novo...!!

Ahhhh peruagem...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Tensão e intimidade

Tem alguns dias que as coisas andam bem apertadas... muito trabalho, equipe nova que ainda ta pegando jeito com o trabalho, mestrado, casa, saudades, gatos, vó, msn...enfim uma loucura!

Mas daí hoje eu reparei coisas que me fizeram refletir: sabem quando rola certa “tensão” entre um homem e uma mulher¿ Pois é, hoje, tive que presenciar a tal “tensão” caladinha e quietinha no banco de trás de um carro... foi uma situação muito engraçada, porque eu simplesmente tava sobrando, os assuntos não me cabiam e me deu uma vontade descomunal de rir... fiquei pensando em como somos “ridículos” nessas situações...como surge uma gagueira louca, uma suadeira, uma falta de assunto...enfim...um caos total...

E daí me veio outra coisa: a intimidade que vem com o tempo... acho que não tem nada mais maravilhoso do que a intimidade que você constrói com o tempo com a pessoa que se ama...sabe aquela coisa de acordar descabelada e desneurada¿ Nem me imagino correndo pro banheiro pra me “montar” antes que meu namorado acorde e se depare com o monstro do lago Ness...sou mais ficar fazendo manha na cama e enrolando pra levantar... todo mundo acorda com a cara amassada e os cabelos por aqui...eu não sou uma exceção (ainda mais com cabelos revoltos como os meus) e acho que meu namorado entende...

Intimidade que te leva a falar sobre qualquer assunto, que te leva a gargalhar com gosto e sem medo de parecer uma gralha no cio aos olhos dele, intimidade que te permite acabar com a despensa dele no café da manhã, permite dormir de meias...permite ser o que você é... e não o que imagina que o outro goste ou espera de você...

Daí que para coroar as minhas divagações acabou de acontecer uma coisa muito engraçada. Eu e meu namorado estamos longe a alguns meses e usamos nossas web-cams como uma alternativa a nossa saudade... a gente conversa, gesticula, faz careta, tentamos nos olhar nos olhos, mostramos nossas compras, eu mostro minha gata de estimação... resumindo... é um alento... mas daí que a gente tava conversando e resolvemos cada um ir preparar alguma coisa para comer...aí começamos a nos “despedir”, discutimos cardápio e combinamos de sair da frente do pc quando a contagem chegasse no 3. 1.....2.....3.... levantamos! Eu imaginei: “ele vai voltar!” e voltei pra olhar...e ele também tinha voltado...e a gente morreu de rir...minha barriga até doeu...!

E isso tudo é culpa de que¿ Da intimidade que construímos...que nos permite ver a leveza de alma do outro... e eu adoro essas coisinhas “bobas” nossas... é uma coisa nossa...muito nossa... e claro, tudo começou no mesmo clima “tenso” do casal lá de cima...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Mamãe...mamãe...

Ontem a noite eu estava observando minha mãe e minha vó... tão parecidas fisicamente e tão diferentes em todo o resto. Eu sempre admirei muito minha mãe... ela saiu de uma cidade que ela achava pequena demais, pouquinha demais, sem perspectiva demais...meteu as caras e foi em busca do que ela queria, mesmo que isso custasse ser mal falada pela cidade inteira (minha mãe sempre sonhou em trabalhar com moda, estilismo, criação...)... mas no meio do caminho tinha eu... sei que ela me amou desde o primeiro momento e sei que ela teve seus motivos para não dar uma segunda chance ao meu pai – mas desconfio que ela não guardou grandes mágoas pois me deu o nome dele sendo que ao invés de Renata ela tinha Tatiana, Alessandra ou Rebeca. Sempre achei Rebeca um nome lindo, mas temo que esse seria mais um motivo de chacota à minha pessoa, me chamariam de Rabeca ou Rabecão, já não bastasse o sobrenome (que é o nome de um rio/esgoto aqui de BH e o cabelo “ruim” – todas meninas negras sabem o que é isso). Do meu pai eu guardei muita mágoa até pouco tempo atrás... agora não guardo nado... só pena... ele perdeu a honra de conviver com duas mulheres incríveis... esperto foi meu padrasto hehe...

E minha mãe trabalhou e correu e fez hora extra e pagou aluguel e me acompanhou e me deu tudo o que eu precisava... lembro de várias passagens da minha infância onde ela aparece fazendo de tudo para que eu me sentisse uma criança normal apesar da falta de irmãos e primos... minha mãe é a mulher que eu quero ser...

E vejo minha vó... e vejo que minha mãe herdou esses genes lutadores do meu avô... meu avô, apesar da baixa escolaridade, sempre foi atento, politizado, falava de Jânio, falava de Getúlio, Segunda Guerra Mundial... em 2006, última vez que o vi antes do seu falecimento em 2007, ouvi suas histórias (que minha mãe já havia me contado) enquanto alisava seu cabelinho branquinho e lisinho... ele tinha uma bolsa de couro cheinho de moedas antigas e mostrava e explicava tudo o que havia acontecido naquele período... e minha vó sempre foi meio que “carregada” por ele... talvez um papel mesmo das “mulheres de antigamente”... não precisa pensar... só o homem pensa...

E assim minha mãe e eu sempre vivemos longe de todo o resto da família...somos uma espécie de ramificação ... e agora, eu e ela, juntas, estamos vendo que realmente não somos de lá...e eu agradeço minha mãe por ter tido a atitude que ela teve aos 17 anos... e torço pra ter herdado pelo menos um pouquinho de sua coragem...

sábado, 13 de setembro de 2008

Nem sou nerd...

A última postagem está toda horrorosa e mal configurada mas estava dando um erro que euzinha que não sou nerd nem nada não consegui resolver sozinha...

Felicidade

Ontem tava pensando em felicidade... pensando em como às vezes colocamos a felicidade como algo que virá lá na frente... como não valorizamos pequenos momentos como momentos de felicidade. Eu particularmente não me vejo assim... eu procuro captar a felicidade em tudo. Ônibus tá cheio mas a janela tá aberta entrando um ventinho bom... tem uma musiquinha bacana rolando no mp3... to andando no sol mas lá na frente tem um ipê lindo todo florido - essa semana fiquei uns minutos observando um ipê único... talvez pela secura do tempo as árvores do campus, que já deviam estar quase florescendo estão todas sequinhas... mas tem uma que está lá...toda florida... uma exceção deslumbrante no meio das outras...

Um gatinho brincando, uma música, um “bom dia” educado, um céu azulzinho ou uma chuvinha refrescante, um amanhecer preguiçoso rolando na cama, um beijinho de mãe, uma risada... momentos felizes...

Meio sem nexo esse texto...mas ando serelepe esses dias...algumas coisas bacanas aconteceram e abriram um leque cheio de novidades... e eu me peguei sentindo como se fosse a mulher mais feliz da face da Terra... não que eu coloque como responsabilidade dessa “alguma coisa” a minha felicidade futura mas essa “alguma coisa” inclui amor... amor de verdade... amor colorido, amor alegre, amor companheiro, amor que dá brilho nos olhos, amor que dá força e te faz querer ser melhor... é... a “alguma coisa” aumentará minha felicidade exponencialmente..

sábado, 6 de setembro de 2008

Ailin Aleixo...minha nova descoberta

Eu conheci a Ailin Aleixo uns tempos atrás quando ela escrevia para a revista VIP (aquela versão masculina da revista NOVA, burgh!) mas, acabei esquecendo dela com o passar dos anos... tempos atrás enquanto procurava alguma grife que trabalhasse com vestidos coloridos (amo!) deparei-me com o blog da Patrícia Torquette que havia publicado um texto da Ailin em um post... fiquei absurdada com o que tava lendo...parecia que aquilo tudo havia sido escrito para mim... aí virei fã e fucei na internet tudo sobre essa pensadora moderna... e eis que...
A Ailin também ama gatos...! E publicou uma crônica linda em 2001...ei-la aí embaixo...
Garfield é meu rei!

Gatos são divinos. E bem superiores a nós.
Amo gatos. Amo suas vibrissas, que, quando criança, cortava pensando estar fazendo a barba do bicho. Suas unhas, que já me retalharam de cima a baixo (nunca deixei de pegar um sequer no colo, mesmo os ariscos ou sarnentos). Amo os dentes afiados. O andar deliciosamente rebolante (cresci tentando imitá-los e hoje rebolo tanto que parece que vou desconjuntar). Amo a maneira como se lavam, o modo como dormem, encolhidos. Os grandes olhos amarelos. Mas o que mais amo é o que muita gente odeia: a personalidade.

Eles não precisam de você, ou de mim, pra dar comida, arrumar uma gata gostosa ou se distrair. Sabem muito bem viver sozinhos, mas oferecem o prazer de sua companhia. Se estivermos à altura, é claro. Gatos só se deixam "criar" por pessoas pelas quais têm o mínimo de respeito (você costuma ver mendigos ou bêbados com gatos de estimação?). Independentes.
Eles nos olham como se fôssemos completos imbecis - que somos - quando balbuciamos alguma estupidez do tipo "Xaninho, vem com a mami": ora, já que vamos abrir o bocão, que seja para algo que preste. Ou os deixemos dormir em paz, que o sono é sagrado, meu amigo. Cínicos.

"Amo no gato a suprema indiferença e a distinção com a qual ele passa dos salões aos telhados." Elegantes. Pouco importa se moram num lixão ou numa almofada fofa, os gatos satisfazem-se com o que são e não precisam ir ao pet shop colocar lacinho e perfume pra serem aceitos. Não admitem humilhação: que gostem deles do jeito como são ou os esqueçam, porque pra eles tanto faz.

Charmosos. Nunca se vêem gatos transando, muito menos atracados no meio da rua, de bando. São amantes noturnos, discretos. O máximo de participação que nós temos no ritual é auditiva - ou líquida, quando os mais babacas jogam águam pra apartar. E, mesmo aparecendo sem um pedaço da orelha no dia seguinte, aquele olhar sacana vale a noite de sono perdida com a gritaria. É impossível se zangar com um gato.
Eles não fazem festa quando chegamos em casa, não babam com o linguão pra fora ou rolam pelo chão, mas sabem direitinho quando estamos tristes. Daí chegam, como quem não quer nada, sobem no nosso colo, ronronam (ah, como adoro esse barulhinho!), dormem um pouco e vão embora. Não são disponíveis nem estão ao alcance da mão todo o tempo, é certo, mas quando um gato está com você pode ter certeza de que ele não gostaria de estar em mais nenhum outro lugar. E nem faz aquilo por hábito ou obrigação. Diferentemente dos cães, gatos não querem ter um dono, e sim compartilhar bons momentos. Honestos.

Conviver com eles requer maturidade. Não são traiçoeiros, são livres. Nunca bajulam. São autênticos, por isso são difíceis. É muito mais fácil lidar com mentiras gentis, babação de ovo, puxação de saco, não é? E agora não me refiro só a felinos...
Gatos são muito parecidos com os humanos, por isso tanta gente os odeia: sabemos tão pouco lidar com eles como conosco mesmos. Parecidos, mas melhores: não mentem, não têm hierarquia, não fingem gostar de crianças, não sorriem quando na verdade querem te estralhaçar. São rancorosos (experimente maltratar um deles e, inadvertidamente, cruzar com ele de novo), preguiçosos, sedutores, imprevisíveis. Enigmáticos, interessantes, sagrados.

Defeitos e virtudes no ponto certo.

Gatos seriam homens perfeitos.

Bolsas, sapatos, listas, mestrado...

E como tem dias, semanas, meses que minha cabeça não funciona para o mestrado, euzinha resolveu abrir o Word para tentar listar as tais 101 coisas em 1001 dias... Coisinha que tá batida, que um monte de gente fez e postou nos seus respectivos blogs e tal... pois bem.. comecei eu a listar...tudo bonitinho, numeradinho, marcadinho, uma fofura!

Mas eis que:
Eu comecei a ficar assustada com a quantidade de “ter”... me senti meio fútil, dona de sonhos idiotas resumidos a bolsa da marca tal, sapato tal, viagem pra tal lugar... claro que não era só isso... tinha umas coisinhas ligadas a profissão, família, trabalho que não vinham conjugadas do verbo “ter” e estão relacionadas muito mais a uma tentativa de mudança pessoal do que ao meu cartão de crédito...

Não completei a lista... não consegui...parei no número 64... vou refletir sobre os itens e volto a tentar completá-la...ou deixo isso pra lá e volto a escrever a minha dissertação...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sobre o tempo como diria Fernanda Takai


Acho que estou criando uma úlcera ou no melhor das hipóteses uma gastrite bem retada dentro de mim. Explico: não sei o que fazer... não sei o que pensar... meu namorado, ex namorado sei lá o que tem o poder se saber me pirar... eu não sei o que ele tá passando, não imagino o que está sentindo... tudo se resume a frases enigmáticas do tipo "preciso saber o que quero da vida" "preciso de um tempo"...aí eu fico: ele tá só pegando leve e ele realmente quer picar o pé na minha bunda? Os sentimentos realmente se dissiparam? Puf! Ou ainda: realmente ficar fora de casa, fora do país, responsável por si só deve ser uma tarefa bem estranha...é só uma fase difícil. Sabem? Não entendo... aqui dentro de euzinha eu sinto que os sentimentos não mudaram...mas eu posso realmente estar cega, não sei...aff! Ontem almocei com minha sogra ou ex-sogra...a gente deu boas gargalhadas imaginando o que seríamos uma para outra a partir desse "tempo"... também dei um tempo para a sogra? Surreal... E ainda tive que engolir a opinião dela, que foi bem dura... Bom, sei lá...estranho esse momento...

terça-feira, 29 de julho de 2008

O Sinal

É...

Acabou que o sinal veio... veio na forma de um soco no estômago floreado por frases como "não sei o quero da vida" "preciso de um tempo sozinho" "o sentimento mudou" entre outras.

Entender eu não vou entender nunca... ainda estou meio que em estado de choque. Foi uma coisa totalmente inesperada tendo em vista que pela manhã eu recebi um "eu te amo" via gmail. Mas como ele mesmo disse anteriormente "era politicagem". É estranho quando a gente se desaponta com alguém que não esperávamos. Alguém que me conhece, que sabe da minha vida, que se dizia apaixonado, que dizia gostar do meu jeito, do meu sorriso, alguém que me ajudou na construção de sonhos imaginários dando nome à uma futura tartaruga de estimação que nunca irá existir.

É estranho ter que limpar os "rastros"...tirar do orkut, twitter, picasa, gmail, msn... é duro não saber o que fazer com milhões de fotos... é duro ter que tirar do mp3 músicas que me levam a lembranças e saudades, é duro andar por lugares onde a gente sentava pra bater papo e rir... rir... será que um dia alguém vai me fazer rir tanto? Claro que vai...

Bom...dói... isso é fato... enterrar sonhos é dolorido... traçar novos planos...seguir outros caminhos... imaginar outro futuro... acho que isso faz parte... pelo menos eu sei muito bem o que eu quero da vida.

É isso... e para mim é uma vitória estar escrevendo isso sem chorar...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Mudanças e escolhas

Escolhas... escolhas... vivemos dando de cara com bifurcações ao longo da vida... mas no meu caso... minhas escolhas que se resumiam a pizza ou lasanha, esmalte escuro ou claro, saia ou calça agora se mostran um pouco mais produzidas...

Exagero meu...já tive algumas dúvidas de respeito: qual opção marcar na lista de cursos do vestibular? (Sim, eu decidi na hora da inscrição)...bom... acho que acaba-se aí...acreditam que não lembrei de mais nada? Mas o que me leva a escrever isso aqui é uma dúvida... um momento em que eu teria a chave de mudar uma história, a minha história.

Essa mudança inclui emprego, segurança familiar, sonhos sonhados por outros (leia-se minha mãe) para meu futuro... essa mudança me dá medo...

Mas quando às vezes paro e penso "Você tá louca Renata, é claro que dá pra aguentar, você tá é realmente louca!" vem uma avalanche de sensações que não me deixam dúvida de que devo encarar essa mudança, de peito aberto...

Aí começo a pensar no famoso "é melhor se arrepender de algo que se fez do que daquilo que não tivemos coragem de encarar"... e fico pensando "Será mesmo?" Medo... medo... eu tenho medo... não era pra ter...mas eu tenho...

Aí fico assim... não vou nem fico...estagnada, assustada...

Será que vou ver um sinal?

sábado, 5 de julho de 2008

terça-feira, 1 de julho de 2008

Meu futuro filho...


É segundo esse site, assim será meu bebe com Ti... ruivo, branco transparente... bem parecido com a gente...

Bom...não vou dar esse link pra Ti não....ou ele vai rir muito da minha cara...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bagunçaram minha rotina

Bom...

Começa assim:

Vovó veio passar uns dias (leia-se meses) lá em casa...

Eu nunca convivi com vovó mais que 20 dias...

Minha rotina foi pro beleléu...

Acho que o mais traumatizando foi ter perdido o meu quarto. Depois de muita conversa e discussões foi decididido que vovó ficaria no meu quarto e eu transformaria a copa em um lugar dormível... pois bem... estou lá na copa. Mas a copa...é uma copa... não tem os pré requisitos para se tornar um quarto...e eu, que já sou bagunceira e mal organizada estou me perdendo na minha propria baderna... de manhã é uma loucura... não acho escova de cabelo, nem creme, nem sutiã, nem desodorante...nada...nada...parece que a casa ganhou um buraco negro...

E mais: como o guarda roupa grande está no quarto da vovó eu simplesmente não sei o que vou vestir todo dia de manhã pois o guarda roupa pequeno não me dá os milhoes de opções e combinações que o outro dava... e fora que eu acho que estou de saco cheio da maioria das minhas roupas...argh!

Bom... é isso... sou uma sem teto...

E o silêncio... o tão clamado silêncio e paz para escrever minha dissertação... nunca mais vi...

domingo, 22 de junho de 2008

Amor, distância, saudades...


Quando eu sinto necessidade de postar algo é porque eu estou contrariada... e é exatamente assim que eu me encontro... contariada... Eu e meu namorado já passamos muita merda... eu já sofri e já chorei um monte e sei que ele também sofreu bastante nessa história... acontece que quando sentíamos que finalmente iríamos conseguir ficar juntos de verdade ele recebe a noticia de que foi aprovado na seleção de bolsas para cursar mestrado em Portugal... Portugal... longe...longe um monte de mim...tem um córrego nos separando... no momento da notícia me passaram mil coisas: felicidade, orgulho (só podia ser meu namorado mesmo!), medo...só sei que eu só sabia chorar e abraça-lo... no tempo que tivemos entre a noticia da aprovação e a efetiva ida dele tivemos 4 meses...nesse tempo eu chorei, ri, gargalhei, chorei de novo, ri de novo... foram 4 meses mágicos... porque a gente fez um monte de coisa como se fosse a última vez. A gente saiu muito, eu matei muita aula pra ficar junto dele, a gente viajou, viu o por do sol da praia, fomos acampar numa barraca apertada, fomos em aniversarios, botecos, cinema...muito cinema, filme em casa... enfim... fizemos tudo o que a gente gosta bem intensamente... até a chegada do último dia...
Aí em setembro/2007 ele foi...tentei segurar o choro em Confins... mas claro que não consegui... depois disso foi aquele desespero... muito preocupada com a adaptação dele... muito preocupada em como seria a recepção dele às aulas (ele é formado em física e tá fazendo o mestrado em educação!)...bom...mas no final tudo deu certo...ele tá bem instalado, estudando direitinho e vai escrever uma linda dissertação...
Em fevereiro/2008, depois de 4 meses de choro pela webcam, choro pelo telefone, choro pelo skype eis que eu coloco os meus pesinhos em Portugal para rever o meu amor... o nosso encontro no aeroporto do Porto foi tão mágico que merece um post proprio... cena de filme...
E eis que em junho/2008, 4 meses depois do nosso encontro, eu estou aqui...louca, desesperada de saudades... e surgem um monte de idiotices para nos afrontar... um monte de briguinhas idiotas... um monte de desencontros... coisas que eu tenho medo, muito medo de que acabe com a gente... Penso em tanta coisa...penso em largar tudo aqui e ir ficar juntim dele...mas eu sei que isso não iria agradar muita gente...em especial nossas mães...
O foda é que eu já não aguento mais morar aqui em casa... já passei da hora de sumir daqui... cada dia se torna mais impraticável... hora de ter meu canto... hora de ter meu canto... vamo ver o que a vida me reserva... se eu emendar o doutorado vou adiar um pouco meu sonho de ter meu canto... Mas o que me levou a escrever esse post é: eu amo... amo muito... e tento me conter por aqui... tento suportar... acho que teremos nossa vez... nossa vez de nos curtirmos sem pressa... sem data pra acabar...

sábado, 12 de abril de 2008

Ciumenta eu?

Às vezes tenho medo de uma coisa: tenho medo de me tornar uma figura amarga... me pego sendo grossa, incompreensiva, impaciente e o pior de tudo: me pego sendo uma pessoa ciumenta. Pânico! Nunca fui ciumenta, ao contrário do que a maioria das pessoas imagina sobre minha pessoa. Quando digo que sou filha única a primeira coisa que as pessoas dizem é: "Ihhh é mimada, apegada a tudo e ciumenta" - sou mesmo apegada a objetos, sou do tipo que guarda tudo e tenho extrema dificuldade em me livrar de roupas (mesmo que não use mais), bolsas, sapatos, brinquedos (sim! brinquedos!) ...mas nunca fui ciumenta/grudenta quando o assunto é namorado...

Mas agora parece que as coisas mudaram... me pego imaginando coisas, me pego de mal humor só porque ele saiu com os amigos, me pego querendo atenção 24hs... e isso é terrível!! Não tem absolutamente nada a ver comigo. Claro que eu imagino que a culpa seja dessa ¨%$$#&(¨@*& de distância e torço para que isso tudo só seja uma fase que vai passar logo pois, não suportaria viver desse jeito... é muito sofrimento para uma pobre mulher.

Bom... é isso... hoje é um dia meio chato...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Afe!

Tô impressionada com o dia de hoje....

Aliás...a pasmaceira tomou conta de mim na sexta-feira... tô me sentindo presa, atada... não consigo dar nenhum passinho... sábado eu enrolei, domingo eu enrolei, e hoje, segunda, continuo enrolando... a única coisa que consegui fazer hoje foi postar fotos no Picasa...só isso...

Confesso que tô preocupada... eu estava vindo de um ritmo até bacana... veio trabalho, problemas no trabalho, caixa de e-mail bombante e apesar de todo esse bombardeio eu estava conseguindo ler e escrever... agora...não sei porque... a pasmaceira se alojou do meu corpitcho...

E tenho tanta coisa pra fazer...

Tô até pensando em dar um pulo na igreja... minha mãe vive falando em olho gordo... vai que é olho gordo mesmo? Só rezando...

Afe...tomara que isso passe logo e voltemos a programação normal.

Pode ser coisa das saudades também... tenho pensando muito no Ti esses dias... não que eu não pense muito nele sempre mas, tava pensando em como as coisas seriam completamente diferentes se ele tivesse aqui... ele é como uma espécie de fonte de energia para mim... 10 minutos de conversa e risadas com ele repõem todas as minhas baterias. Sem dúvida, seria bem mais divertido com ele aqui, perto de mim.

Té!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ah London...

Hoje tava vindo trabalhar e lembrando de Londres. Eu e Ti passamos 4 dias maravilhosos e saimos completamente embasbacados com a cidade, as pessoas, tudo! Planos de voltar? Milhões! Se eu tivesse sido mais esperta e tivesse sobrevivido às milhoes de tentativas de me manter em um curso de inglês talvez, hoje em dia, eu já tivesse um TOEFL ou algo parecido que me possibilitasse pensar em Doutorado na Inglaterra....mas... infelizmente tenho que ter planos um pouco mais humildes... Mas Ti dá conta.... se ele encasquetar ele emenda um doutorado inglês e eu, pobre mortal, teria que vender banana no metrô (drama).

Bom, mas nem era isso que eu ia falar... eu tava vindo trablhar, lembrando de Londres e comecei pensar nas bandas que surgiram na Inglaterra... enquanto subia a ladeira pensei em Radiohead, Coldplay, Oasis, Belle & Sebastian, Artic Monkeys, Franz Ferdinand, Keane, Strokes... isso só as mais "novinhas" se voltarmos um pouquinho a gente encontra Beatles, Rolling Stones, Black Sabbath, Iron Maiden, The Who e por aí vai... Putz! O que tem esse lugar pra parir tanta coisa boa? Pela minha pouca experiencia vai aqui minha opinião: A Inglaterra parece ser um lugar maravilhoso, arte por todos os lados, natureza, boa educação... daí é lógico que o cara fica inspirado, chama 4 amigos e monta uma banda. Claro que, a minha visão de turista pode ser bem diferente do que a visão que eu teria se fosse imigrante e vivesse lá....mas...por enquanto mantenho essa opinião...

Bom... vou lá...estudar um pouco...

Até mais!

terça-feira, 18 de março de 2008

Tô feliz...

Hoje tô bem feliz...

Passei o dia ouvindo Amy Winehouse, fiz um monte de coisas que eu estava enrolando a dias e estou feliz com o andamento dos meus estudos... Tô feliz com o que estou lendo... Estou feliz por esta dissertação me dar tesão... deve ser muito chato alguém passar dois anos debruçado numa coisa que não ame de verdade...

E tem um big feriado vindo... mais um motivo pra ficar bem felizinha!

É isso...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Sorry?

Caramba...

Séculos sem um postzinho sequer....uma linha... uma meia dúzia de palavras... eu nem sei pq abandonei o blog...acho que esqueci a senha (hehehe). Mas... o que tenho pra adiantar eh: muuuuuitas coisas aconteceram nessa minha ausencia... a grande maioria coisas muito boas! Sim!
1) Concluí as matérias do mestrado;

2) Estou cada dia mais apaixonada;

3) Realizei um dos meus sonhos que era conhecer Londres;

4) Estou cada dia mais apaixonada;

E...................

Visitei o meu amor! Isso mesmo! Depois de quase 5 meses sem ele! Posso falar que foram os melhores 20 dias de toda minha vida! Nossa! Tudo perfeito! Tudo lindo! Passei um pouco de mal entre Londres e Paris mas...tudo certo...nada grave.

Voltei bem feliz... e com pilha nova pra começar a escrever a dissertação e começar ir a campo...

As saudades matam... claro que matam... mas eu sei que logo isso vai passar... 1 ano e meio passa bem rápido!

Ps: Depois conto alguns detalhezinhos da viagem =)

Beijinhos...