Daí que entre os 10, eu conhecia todas as histórias, de menos a história do "Cachorro Marrom"... foi ler e chorar. Fui pesquisar mais sobre ele e me deparo com um site que só trata de estátuas de cachorros pelo mundo e eis o que me fez chorar mais um monte:
Duas estudantes suecas — Leisa Schartau e Louise Lind-af-Hageby — que assistiram à aula do Dr. Bayliss, denunciaram o horror ao Secretário da NAVS - National Anti-Vivisection Society, Stephen Coleridge, o que resultou no livro The Shambles of Science, levantando na época uma grande discussão sobre o tema. Coleridge também acusou publicamente o Dr. Bayliss de violar as leis do país — já havia uma proibição de se fazer mais de um procedimento em um único animal e a obrigatoriedade do uso de anestésicos durante aulas — e o médicou acabou processando o Secretário da NAVS, ganhando a ação. No entanto, se Coleridge perdeu nos tribunais, diante da opinião pública ele saiu vitorioso: a maioria da população ficou horrorizada com o sofrimento do cãozinho. Em 4 meses foram conseguidos 5.735 libras e uma estátua em sua homenagem foi inaugurada, em 15 de setembro de 1906, em Battersea (Londres): uma fonte de água (para pessoas e cães) e acima dela o cachorrinho sentado.
Em memória ao Cão Marrom Terrier, torturado até a morte nos Laboratórios da University College em fevereiro de 1903, após ter passado por Vivissecção por mais de 2 meses, tendo sido passado da mão de um Vivisseccionista para outro até que a Morte veio Libertá-lo.Também em memória dos 232 cães vivisseccionados no mesmo lugar durante o ano de 1902. Homens e Mulheres da Inglaterra, até quando devem acontecer coisas assim?
Entretanto, a justa homenagem revoltou os estudantes de medicina veterinária, que constantemente apareciam no local para tentar vandalizar o monumento e acabavam confrontando-se com jovens trabalhadores de Battersea. Tais confrontos ficaram conhecidos como os Tumultos do Cão Marrom. Os estudantes ficaram particularmente ofendidos com a inscrição que nominava a sua escola (University College), enquanto que a prática de vivissecção era comum em outras instituições também. Uma tentativa na câmara de vereadores local de tirar a inscrição falhou, pois argumentaram que o que estava escrito de fato aconteceu. No entanto, vieram as eleições e uma nova câmara, agora nas mãos de outra ideologia política, aprovou a retirada do monumento, o que aconteceu no dia 10 de março de 1910; a remoção causou grande descontentamento, a ponto de três mil pessoas marcharem em Londres em protesto; veja foto aqui.
Texto retirado de: THE DOG AS PUBLIC ART
Aff...
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